31 de março de 2014

O preço que eu paguei pela minha fé...



A Mediunidade é um dom dado por Deus e legitimamente ela vem pela inocência. Quando criança eu sofria dos dons da mediunidade e minha família tão pobre de material quanto de espírito não compreendia aqueles dons. A Fé a gente nasce com ela, é obrigatório viver com ela e morrer com ela, a minha primeira Fé foi a Católica, mas a igreja não me preenchia, pois mediunidade é um dom, cuidada é algo muito bom mas não cuidada se torna uma das piores doenças.

O culto Afro Brasileiro foi ao qual me apoiei desde criança e me deu estabilidade espiritual, devido a minha obrigação ao meu Orixá Xangô e depois um desenvolvimento espiritual na Umbanda. Foi quando comecei a minha jornada espiritual onde encontrei a alegria, a tristeza, a dor, a perseguição e até enfrentei a morte, mas tudo isso é apenas para ver se a Fé ficava intacta às imposições de pessoas ridículas dotadas de inveja, foi o de menos, a dificuldade financeira foi real, a dor da perda de um ente querido foi maior.

Hoje aos 51 anos de idade, me sinto tão realizado de poder dizer que sou o senhor Eliezer não mais aquele que chamavam de Liez. Esta Casa Tambor de Mina a qual pertence as divindades de todas as etnias do culto Afro Brasileiro, eu sempre digo que esta Casa sou Eu, o ar que eu respiro, o chão que eu piso, a água que eu bebo, esta Casa é tudo, é todo o meu apoio, toda a minha vida.

A Casa é o meu cérebro, o Tambor é meu coração, a vida dela sou Eu e ela é a minha vida há 34 anos, que com a Graça de Deus e dos Orixás esta Casa existe.

Nunca sairei dos meus propósitos, honrar a minha Fé. O meu propósito maior é a Caridade e viver a simplicidade, pois há 3 coisas nesse Mundo: Eu devo primeiro a Deus, segundo ao meu Orixá e terceiro a minha consciência à Deus. Eu não engano ao meu Orixá muito menos a minha consciência, pois quando ao deitar-me no travesseiro eu sei o que eu fiz de errado. Eu vivo sobre uma razão que é cumprir a minha Meta Espiritual, para quando meu espírito atravessar o Rio da Morte, algo divino estará lá para dizer missão cumprida. Devemos acreditar na vida após a morte, a vida eterna que Jesus nos prometeu, o Paraíso onde o descanso é Eterno e viver sobre a Graça da Luz Divina de Deus.

O maior presente que Tambor de Mina me deu foram as Curas que nesse anos todos tiveram dentro dessa Casa, não são milagres, pois nós espíritas acreditamos nos trabalhos de nossos guias, méritos dados por eles e que ninguém pode desfazer as curas nesta Casa.

Quem poderá me substituir? Terá o mesmo Caráter, o mesmo vigor de Fé, terá o mesmo Amor, pois eu digo que Eliezer é Eliezer. Vivo pela Religião, não temi ao inimigo nenhum e nem temerei, pois digo que ergui uma Casa para os espíritos e inimigos dela é inimigos dos espíritos.

Parabéns Tambor de Mina por mais um ano de vida!





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