12 de abril de 2013

Homenagem a Pai Chico Preto do Codó




Chico Simplicio de Nazaré, Vulgo Pai Chico Preto do Codó, edificado no assentamento da origem angoleira, seu nome é Tumbalassí.
Como diz seu nome, Simplicio,  a simplicidade e humildade são suas características mais fortes, é caboclo boiadeiro, caboclo de sola e muito bravo, quando chega a primeira coisa que ele faz é acender uma vela, juntando um copo de água, depois ele reza muito e todos que estão na sua presença também tem de rezar, depois sim ele canta seus pontos.
Os 33 anos de nosso Terreiro Casa Tambor de Mina, não seriam tão importantes sem sua história, sua imagem, sua presença em todas as Sessões e Festas.
Antigo Vaqueiro do Sertão do Maranhão do Miraí, da Pedreira, do Codó, vem da encantaria de Légua Bugí, é curandeiro e muito rezador.
Mais uma vez eu Vanessa de Iemanjá Ogunté, estou aqui para também lhe homenagear.
Que para mim, já é uma honra fazer parte deste Axé que nasceu á 33 anos, pela fé do seu Médium e Babalorisá Eliezer José Feitosa.
Admiro muito cada entidade existente nesta casa de fé e respeito ao próximo, onde cultuamos os Orixás com muito Amor e Carinho, onde festejamos cada dia de nossa existência, onde nossos irmãos estão presentes e unidos pelo mesmo objectivo, fazer nossa religião crescer ainda mais, não só pelo Brasil mas sim pelo Mundo inteiro.
Quando o senhor chega é uma bença, receber sua benção é uma dadiva, pois nos dias de hoje, é raro estarmos na presença de uma entidade de verdade, num mundo que até em algumas religiões a mentira prevalece, mas eu sei que em nossa Casa as entidades são de verdade, não tem como não sentirmos a chegada de cada um deles, um arrepio diferente que sentimos a cada chegada, hoje com 4 anos de iniciada sei identificar casa ou não de verdade.
Aprendi e continuo aprendendo sobre nossa Religião, onde não se aprende anotando em um simples papel, temos de ver com os olhos da cara e do coração, para entendermos a verdadeira insência da missão a que estamos sendo postos á prova.
Temos várias etapas a cumprir, como saber respeitar o nosso Terreiro, o nosso Pai de Santo, os nossos Irmãos de Santo, saber o que é um Baouri, que não perde nunca a sua validade, saber o que é uma iniciação, onde renascemos pela 2º vez, saber o que é um Obí, um Jogo de Búzios, respeitar todos os preceitos dados a cada um de nós, tudo isso vem ao longo dos tempos, da convivência e da aprendizagem, através de cada etapa, nos tornamos Abíyáns, depois Iyawôs, depois de completarmos os 7 anos de Santo, nos tornaremos Egbomi (Irmãos mais Velhos).
Isso tudo para vos dizer que ser do Candomblé ou da Cultura Afró- Descendente não é fácil, como meu Pai de Santo diz sempre, na Religião as pessoas entram pelo amor ou pela dor.
Mediunidade é coisa séria,  um estado espiritual que tem que se respeitar, tratar e cuidar, se não vira doença, então é ai que nos iniciamos.
Para mim tem valores que eu cumpro e repasso ao próximo, sem humildade não crescemos carnalmente nem espiritualmente, se não tivermos obediência ao nosso Orixá pagaremos pelas consequências lá na frente, ser honesto nunca foi defeito e sim uma virtude, para sermos ser humanos de fé, só teremos de andar pelos bons caminhos, caminhos esses que nos levaram á luz divida e sagrada.
Não pensem vocês que por completarmos 3, 7, 21 ou 40 anos de Santo que nos vamos tornar Filhos de Santo independentes, não pelo contrario, seremos sempre dependentes de nosso Babalorisá, enquanto vida ele tiver, ele que se compromissou a cuidar de nosso Orí, de nossos caminhos.
Todas estas palavras saíram de meu coração, de minha alma, onde guardo cada pedacinho de meu terreiro, de meu axé, porque todas as vezes que viajo para o Brasil, compareço lá, onde sinto que ficaram minhas raízes, entro como da primeira vez, respeitando cada canto e cada pessoa que vejo.
Sr. Pai Chico Preto, lhe agradeço do fundo de meu coração, onde meus sinceros sentimentos, lhe transmitem muita alegria por te-lo sempre na Casa Tambor de Mina, continue fazendo o bem, escrevendo sua história, fazendo parte espiritualmente de nosso retiro espiritual, que é hoje uma Casa onde pessoas de todos os lugares do mundo, a visitam para conhecer nossa história, todas as entidades, buscando novos caminhos para chegar a fé, que muito já perderam.




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